
A unha encravada, denominada de onicocriptose, ocorre quando a lateral dela rompe o tecido causando inflamação, dor e desconforto. Geralmente, o dedão é o afetado, mas a unha de qualquer outro dedo do pé pode encravar.
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O corte incorreto da unha, alterações na forma de caminhar e nas estruturas dos pés, o uso de sapatos apertados, de bico fino, de segurança – como os com bico de aço –, e excesso de suor ao redor das unhas podem desencadear essa podopatia”, explica a podóloga Katya Flores, diretora de marketing da Associação Brasileira de Podólogos (ABP).
Unha encravada, o que fazer?
A primeira providência é realizar o corte da unha seguindo o formato dos dedos. Não cortar os cantos, não deixá-la muito curta e não remover em excesso a cutícula das laterais. É necessário também ter uma atenção especial com os calçados. Ao comprar sapatos, evite aqueles que ficam muito justos e não use os fechados por muito tempo.
Recomendamos comprar sempre um número a mais, se você usa 36, deve comprar o 37. Como você adquirirá uma numeração acima da sua, dê preferência para ir às compras no período da tarde, quando os pés estão mais inchados”, aconselha a especialista.
Toda essa atenção é voltada para a unha do pé encravada, pois, embora a da mão também possa encravar, não é muito comum que ocorra.
Como tratar unha encravada
O tratamento da unha encravada pode começar em casa, caso o quadro seja inicial. Mergulhar o pé em uma bacia com água morna ajudará a reduzir a inflamação. A aplicação de um pedaço pequeno de algodão ou gaze, para separar a lateral de unha da pele ao redor, pode resolver o problema.
Já nos casos mais complicados, é preciso buscar ajuda especializada. “O podólogo realiza a remoção de um pedaço de unha e, depois, faz a correção dela. Em casos mais graves, ele encaminha para um dermatologista, que pode prescrever antibióticos ou indicar uma cantoplastia (procedimento cirúrgico que remove a porção parcial ou total da lateral da unha doente)”, afirma a podóloga.
A especialista salienta ainda que unha encravada em pacientes diabéticos, imunodeprimidos ou com problemas circulatórios, se não for tratada devidamente, pode se tornar uma infecção generalizada.
Pontos de atenção
1. Tamanho das unhas
O tamanho das unhas pode influenciar na saúde delas. Uma unha muito grande pode encravar, causar desconforto e acumular sujeiras. “A unha muito curta também pode encravar, causar a subida do leito ungueal (parte abaixo das unhas das mãos e dos pés), impedindo que a mesma cresça normalmente”, diz Katya.
2. Uso de tesouras, alicates e espátulas
A podóloga ressalta que todos os instrumentos utilizados na ornamentação da unha devem estar devidamente embalados em papel grau cirúrgico e esterilizado em autoclave (equipamento para essa finalidade).
Katya recomenda atenção ao fazer a unha em um salão. “O profissional deve utilizar luvas e abrir a embalagem na frente do cliente. Este deve observar se na mesma há uma tira preta que indica que ela passou por processo de esterilização. Se a tira estiver rosa, o material não passou pelo processo e não deve ser utilizado.”
Ao fazer as unhas em casa, também é preciso ter cuidado com a higiene.
Devemos higienizar nossos instrumentos tais como alicates de cutículas, alicates de corte de unhas e espátulas com álcool 70%. E não compartilhar esses objetivos com ninguém”, pontua.
3. Retirada das cutículas
A retirada das cutículas agride as unhas. Segundo a podóloga, não deveríamos removê-las, pois elas são barreiras de proteção e, quando retiradas, deixam as portas abertas para bactérias e fungos. Que tal ao, em vez de removê-las, investir em hidratação para melhorar o aspecto delas? Fica a dica da especialista.
*A especialista consultada nesta matéria foi ouvida como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.